Prudens quid pluma niger secundum

24/11/12 capital do petroleo

Estive de carro a contragosto em São Lourenço MG no feriado de finados para encontrar com o povo do fórum DOGs. Isso porque no final de outubro havia estourado os retentores e empenado a roda dianteira de dona stefânia na visita a Bhz. Na oficina o Chico me perguntou como consegui pilotar com a moto naquela condição, com as bengalas completamente sem óleo. “Ainda bem que foi no final da viagem já na volta, não é?” ele perguntou. Quase caiu para trás quando disse que tinha passado num buraco logo subindo a serra no início da viagem, um dia antes.
Apesar de novamente ir num encontro de motos sem moto (joselito sem motão total), sempre é uma boa oportunidade de conhecer pessoas bacanas e lá estava o Zeca do RJ para me chamar para o encontro em Macaé. Tive que declinar inicialmente porque não tinha achado hotel ou pousada para ficar. Complicado. Para ser sincero não sei para que o povo tem essa mania de ficar marcando tudo com antecedência, perde até um pouco da graça da viagem, mas cada um é cada um.
Já estava preparando para ir para uma confraternização geral da empresa onde trabalho, quando a filha do Freitas, outro amigo do povo do Répteis aqui de Vila Velha me ligou querendo saber se eu ia a Macaé. Comentei que não tinha mais vagas em pousadas e ela insistiu, vamos de camping. Não tenho barraca, mocinha. Não tinha problema pois ela tinha barraca. Mulher quando quer carona nem adianta discutir.
Não fosse a previsão de chuva no sábado segundo o climatempo, eu começava a pensar, já tendo avançado a fronteira entre ES e RJ, se realmente seria possível chover. Não havia uma sequer nuvem no céu. Cai alho que dia quente. O jeans surrado estava de boa, mas a jaqueta realmente estava tenso. Devia ter vindo só com uma camisa de manga cumprida. Paciência.
Acho que a única vez que vi uma estrutura de evento tão grande foi no Brasília Moto Capital em idos de 2007, eu e Nuanda atravessando o centro oeste (de carro rsrsrsrsrsrs, nessa época só fazíamos trilha) de Bhz até o Distrito Federal. Passei a primeira entrada do evento, puto por ter errado e continuei dando a volta. E continuei dando a volta, continuei dando a volta, aí mais um pouco e aí uma placa: “entrada mais a frente”. Velho, cabia um Mineirão inteiro mais estacionamento no lugar. Três palcos. Megalomania total.
O calor impedia de fazer qualquer coisa, inclusive montar a barraca foi na base do missão dada é missão cumprida. E ainda nenhum sinal de umidade. Teriam nossos amigos do climatempo se enganado? A primeira cerveja estava quente e a coisa somente mellhorou depois que troquei de boteco (tinha uma centena lá) e passei a tomar uma budzinha na temperatura ideal.
Havia o palco principal onde teria o Nazareth. O palco 2 bem em frente a área dos botecos que se mostrou o melhor inclusive na seleção de bandas (todas muito boas) e o palco 3 lá no fundão do outro lado onde estava rolando o shows mais pesados, inclusive com a diversão garantida do João Gordo e o povo do RDP. Excelente show. Mas e o Nazareth, Fantini? Não gosto então podia nem ter que ficou do mesmo tamanho.
Por volta de 18:00 finalmente São Pedro deixou de sacanear o povo do climatempo e aquele tempo fechado foi chegando devagar até que quando escureceu de vez e já se podia sentir a umidade no ar, começou aquela ventania típica de tempestade. Lembrei que não tinha travado tanto assim a bendita barraca e fui lá correndo encaixar mais travas. E nisso voando barraca, voando banner, voando bandeira, voou até um barbudinho magricela que estava lá de bobeira. Chuva mesmo nem foi tão forte assim para entrada triunfal que ela vez, ficou naquelas chuvinhas chatas que começam, param, recomeçam, diminuem, aumentam e vão até de madrugada.
Nesse interim encontrei com as figuras carimbadas daqui do ES, que estão em todas. De bobeira numa das lojas lá me aparecem o Bart e o Samuka que estavam olhando anéis (sei). Não me perguntem porque. Em seguida ainda achamos o Macedo com seu pessoal do Águias, aproveitei para filar um joaquim daniel e saber dos planos dele e Bart de subir o Atacama. Boa viagem camaradas.
Não achei foi o Zeca, deve estar puto comigo a essa hora. Rsrsrsrs!
Por volta de 03:00 da matina fui durmir já me preparando para o chão duro (sim, tinhámos barraca, mas quem disse que tinha colchão?). Finalmente quando consegui pegar no sono, antes de 05:00 uns desinfelizes que não sabem fechar acampamento e ir embora de boa, começam uma algazarra. Ainda tentei cochilar mais um pouco. Sem sucesso. Cai alho! O jeito era levantar também e ajeitar as tralhas para pegar estrada de volta.
O tempo estava nublado, mas sem sinal de chuva. Ótimo, compensaria o calor do sábado. Viagem mais que tranquila, pouco trânsito. E lá veio ela, nossa velha companheira chuvinha chata de estrada. Nos pegou da divisa até próximo de Iconha, mas era chuva muito fina e de boa, nem incomodou. Como tinha que deixar a filha do Freitas em Vila Velha, após Iconha, peguei a saída para Piúma e assim a Rodovia do Sol.
Não foi uma boa idéia, porque a chuva que havia passado completamente nos pegou no trecho entre Piúma e Meaípe, aí desandou, não pela chuva um pouco mais forte, mas pelos carros jogando o spray de lama e areia na cara. Sei que já tem gente aí se contorcendo no sofá, mas como eu digo, não se vê isso da janela do apartamento. Aí é uma escolha entre uma vida pacata e tediosa ou um pouco de sujeira, diversão e um banho ao final da viagem.

3 Respostas

  1. Muamba

    Muito bom… Muito bom mesmo!!!
    Prefiro a chuva, lama, perrengue e o banho ao final da viagem!

    27 de novembro de 2012 às 17:48

    • Fiquei sabendo que você adora uma cama. Rsrsrsrsrsrsrsrsrs!!!

      28 de novembro de 2012 às 10:00

  2. Macedo

    Salve Fantini, belo relato!

    Camarada, muito bom ter vc conosco apreciando um J Daniels. Será sempre bem vindo entre os Aguias. Até o proximo encontro! Grande abraço

    29 de novembro de 2012 às 20:54

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