Prudens quid pluma niger secundum

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02/07/11 consulta rápida no dentista

Fazem quinze dias que mudei de estado e cidade, vindo parar em Vitória no Espírito Santo. Vamos ver se dessa vez eu paro quieto num canto, empresa nova, vida nova, mas não vem ao caso. Havia trago boa parte da mudança (algumas coisas foram parar em Bhz porque na nova república já havia alguns móveis), mas dona stefânia, tadinha ficou para traz em Mariana. Não satisfeito em abandoná-la a própria sorte durante esses quinze dias, ainda moveram a coitada de garagem, porque na antiga república, a dona resolvera reformar a alvenaria e terminar o revestimento. E eu aqui na fila do embarque para pegar o avião para Bhz com toda a parafernália – capacete, jaqueta, coturno, alfoje, fora o kit de sobrevivência ao relento – protagonista de cenas insólitas, ao menos que você, caro amigo, já tenha visto algum motociclista nesta situação desconfortável. No check-in aceitaram que eu levasse as tralhas como bagagem de mão, menos mal. Depois de um pequeno atraso, embarque. Tive que pedir desculpas aos demais passageiros porque não conseguia enfiar o maldito alforje no compartimento de bagagem e antes que a comissária reclamasse, enfiei ele entre as pernas. O que já é desconfortável, ficou mais ainda. Seriam os 50min mais longos de minha vida, não fosse a sorte de sobrar um assento exatamente ao meu lado! Ser motociclista com fama de mal encarado, tem suas vantagens! Então fomos nós, eu e meu alforje, cada um em seu assento devidamente alojados. No desembarque pai estava lá para me dar carona, bem, quase, perdera o celular que achamos em seguida e sumiu lá no saguão. Encontramos com a mãe do Hugo, ele estava chegando para férias em Bhz (consegue estar mais distante que eu morando no Acre) e não podia deixar de esperar para dar um abraço no velho amigo. Puta coincidência. Igual uma vez em Iriri. Bem, essa de Iriri, foi mais coincidência ainda (mas é outro causo). Retorno para Bhz, família junta, uma visão geral das reformas lá em casa e se esbaldar na melhor feijoada da cidade que fica no quarteirão seguinte lá da rua. Além de bom, é barato. E ainda temos que brigar com a cozinheira para ela colocar pouca comida no prato feito. Muitos amigos já penduraram as chuteiras depois do prato cheio. Pena que o prazo era pouco para ainda pegar um trupico. Pai me levou até Mariana e a ansiedade já era grande. “Acha que ela vai funcionar?” perguntou com seu sutil sarcasmo de sempre. “Cai alho! Claro que vai.” Na verdade gastei mais tempo chamando a proprietária do estacionamento onde dona stefânia estava, do que tentando ligá-la depois dos quinze dias apagada. Uai, ela ligou depois de seis meses sem minha presença enquanto estava no Pará e dessa vez só engasgou para fazer charme. Maravilha de ronco em seguida! Despedi de pai e fui para São João Del Rey. Já havia solicitado um canto no terraço da casa do Daniel Spectro, do Filhos da Revolução, e apesar do incômodo durante o translado aéreo, o kit relento viria bem a calhar. Viria nada! O desinfeliz não deixou eu curtir o espírito da coisa e me alojou num quarto com chuveiro quente e tudo. Muito agradecido, como sempre, pela hospitalidade do companheiro e família. A única ressalva era trazê-lo de volta hoje, porque ontem tinha chegado cedo de Tiradentes, cinco da matina. “Ao menos traz o pão da próxima vez”, reclamaram seus familiares. Depois do café e prosa, fomos para Tiradentes. Estava bombando, estava cheio, estava demais. Achei o povo do Clã por telefone, estavam no Dona Xepa esperando a bóia, cai alho, já era mais de oito da noite, aonde é que eu estava que gastei tanto tempo para chegar? Tentei falar com o Macedo por telefone e nada, só caixa postal, então galera do Rio, fica para próxima. Achei o Billy e o 02, do Banished, e o Peralta do Dogs. O Peralta estava tomando coca-cola! Cara consciente, mas reza a lenda que a cada latinha que comprava, ganhava dois misteriosos copinhos de dose. Galera de sampa, desculpe o pouco tempo de prosa, mas tinha que encontrar com o povo do Clã. Lá estavam Hermano João, Broto “Billie Jean” Jr e Nuanda e suas respectivas. Bom, Broto Jr com sua respectiva baixa resistência ao alcóol protagonizando nossa felicidade. Diga-se de passagem que o tal estabelecimento Dona Xepa é muito bom, bom demais se seu objetivo é ficar mais de hora esperando uma porção de batata frita, linguiça e costelinha. Tudo bem que o evento estava lotado, mas dentro da bodega estava vazio. Com essa demora também, está explicado. Até o chopp já chegava quente na mesa após 5min de translado entre a bomba e a mesa. Todos comidos, fomos para a tenda da Krug Bier, onde o camarada de 4 anos seguidos faz seu show de voz e violão interminável e sem intervalos. O cara deve ter um pacto com algum santo para conseguir ficar direto sem parar, muito bom e o repertório atendia, conforme Hermano João, “gregos e troianos”. “Espartanos também” acrescentei. Ainda encontramos o Ebin, do Rasta Brasil. Saudade quando esse cara tinha moto! “Vamos esperar até janeiro”, frisou comigo. Ademais, estava excepcional! Mesmo para mim que foi uma consulta rápida ao dentista, no dia seguinte cedo viria para Vitória. E quem não foi, simplesmente perdeu! Ah! E o Daniel Spectro sumiu no meio da multidão, minha sorte é que ele resolveu chegar logo depois de mim e evitou que seu pessoal puxasse minha orelha. Eta rapaz danado esse! Born to be uai!